O Poder do Modelo Pay Per Fan e Facebook Ads

Entenda o que o modelo denominado Pay Per Fan pode agregar à sua fanpage.

No final de 2012 eu fui convidado pelo pessoal da revista Promo Insights para participar de uma matéria sobre o sistema Pay Per Fan e o seu crescimento aqui no Brasil.

O resultado foi uma excelente matéria na revista que vocês podem ver abaixo (a partir da página 22):

Além disso, seguem abaixo as minhas respostas às perguntas que o pessoal da Promo Insights mandou pra mim na íntegra.

#1. Você conhece o sistema Pay Per Fan? Como ele pode auxiliar as marcas que tem presença no Facebook?

Sim, conheço. O pay per fan é uma adaptação do modelo pay per lead.

Enquanto o pay per lead as empresas pagam a cada lead qualificado, no pay per fan, as empresas pagam a cada fã – teoricamente qualificado – que a marca ganha no Facebook. Esse sistema, em um primeiro momento acaba sendo vantajoso por permitir que uma fanpage ganhe fãs qualificados e faça a sua página aumentar o número de seguidores. Por um lado, com a promessa de que os fãs são qualificados e estão dentro do perfil dos usuários que a empresa quer atingir no Facebook acaba sendo uma grande sacada.

A síntese do pay per fan é justamente essa: conseguir seguidores qualificados, de acordo com o estudo de público-alvo da empresa, para a fanpage de uma marca. E, como o próprio nome já diz, a empresa só paga pelo lead qualificado.

#2.  Qual a diferença entre o Pay Per Fan e os sites que compram seguidores?

Quando uma marca compra seguidores para sua fanpage, ela não necessariamente está comprando uma pessoa que está interessada no que ela faz. Programadores que vendem esse tipo de serviço mascaram o curtir por trás de algum aplicativo que, muitas vezes não permite com que o curtidor saiba que está curtindo uma página.

Assim, esse público, em algumas vezes nem sabe como acabou curtindo aquela página. E, dificilmente vai acabar interagindo com uma marca que não curtiu por livre e espontânea vontade, o que significa que, além desse público não ter engajamento com a marca – e com isso não vai interagir com a página – acaba não tendo valor nenhum.

O que importa no social é justamente a qualificação. Uma pessoa que curte por vontade, e não por um script instalado em algum aplicativo, está muito mais propenso a dialogar com a marca e com a fanpage: curtindo, comentando e compartilhando. É justamente isso qua vai espalhar o conteúdo da marca no Facebook.

#3. Qual a importância do Facebook para o relacionamento entre marcas e consumidores?

As redes sociais não são centrais de atendimento ao consumidor. Mas, ao mesmo tempo são.  O Facebook é um canal para a marca dialogar com o consumidor. E é importante produzir conteúdo nos canais aonde os usuários estão.

Provavelmente, muitos dos fãs das marcas no Facebook são clientes e, aquele canal é um canal riquíssimo para conhecer o consumidor, seus hábitos, gostos de comportamento em geral. Isso significa que estar no Facebook é uma grande oportunidade de conhecer melhor e se aproximar dos seus consumidores, além de criar a reputação de uma marca online. Ao entender o comportamento dos seus consumidores e fãs, uma marca consegue interagir de maneira mais funcional com sua comunidade e, criar a sua reputação, espalhar o seu conteúdo e conversar com seus fãs.

#4. A eficácia da marca na rede social depende de fatores importantes como a qualidade do conteúdo gerado e a interatividade com o público. Como conseguir isso? O número de fãs de página influencia na eficácia das ações no Facebook?

Nas mídias sociais a grande sacada é: é muito mais importante ter meia dúzia de seguidores entusiasmados do que milhões de seguidores que pouco se importam com o que a marca produz. O número de fãs é importante e , obviamente quando construído de maneira limpa, mostra o quanto as pessoas gostam do que a empresa faz. Mas, é muito mais importante o índice de engajamento e interação do que número de seguidores.

Até porque o que importa no Facebook não é apenas o número de fãs, mas sim a frequência e o tipo de conteúdo que é produzido. Um estudo recente mediu a eficácia do conteúdo produzido pelas marcas na web. O resultado é que  pessoas mais compartilham no Facebook são, em primeiro lugar as fotos (com 70% dos compartilhamentos), seguido pelos links (14% dos compartilhamentos), atualizações de status (10% dos compartilhamentos) e vídeos (com 6% dos compartilhamentos).

O que isso tudo significa é: a frequência de atualização e o tipo de conteúdo são de grande importância para o engajamento dos fãs. Aliando o tipo de atualização certa, com o horário certo (o horário nobre do Facebook é 20:00h) e a quantidade de atualização certa, uma marca consegue a interatividade com os seus seguidores. E, quanto mais qualificado esses seguidores, melhor o resultado. Quando uma marca interage com uma base de fãs comprada, isso raramente vai funcionar.

Quando os seguidores são conquistados de acordo com o mérito da marca, da sua interatividade com os usuários e, a freqência do conteúdo, as ações têm muito mais chances de surtirem o efeito desejado de fazer as marcas fincarem com os dois pés a comunidade digital.

#5. Gostaria de acrescentar alguma informação sobre o tema?

Os canais digitas são uma oportunidade para que uma marca espalhe a sua história, crie a sua reputação online e interaja na comunidade aonde o seu público está inserido.

Facebook, Twitter e outras mídias sociais são canais aonde é possível ter uma conexão direta com consumidores e futuros consumidores. Diferentemente da TV ou de outros meios, aonde o público não pode interagir, a internet permite às marcas contarem as suas histórias e validarem aquilo que está fazendo em tempo real, para focarem no que realmente faz a diferença para o seu público.

Muito obrigado ao pessoal da Promo Insights pela matéria!

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