Óbvio!

Como vocês puderam perceber, o blog tá de volta.

Há um ano atrás, eu tive que escolher entre o blog e a minha rotina de quase vinte horas de trabalho. E, infelizmente o blog teve que dar um tempo. Até mais do que eu queria.

Mas, estamos de volta. Mesmo não tendo o mesmo tempo pra postar aqui como antigamente, eu vou tentar ser mais relevante, produzir coisas mais interessantes e, substituir a frequência pela qualidade. Algumas coisas vão mudar. E as mudanças serão perceptíveis…

Mas, vamos ao que interessa.

Uma das coisas que eu tenho me interessado nos últimos meses é sobre o óbvio. As pessoas esquecem tanto, mas tanto de fazer o “bê-a-bá”, apenas se preocupando com tópicos como criatividade, geração y, inovação, tecnologia, crescimento que esquecem de coisas óbvias como o marketing mix, o planejamento financeiro, o fluxo de caixa e etc. Ultimamente, é muito mais importante ser reconhecida como uma empresa inovadora do que uma empresa estável e lucrativa para somente depois crescer.

E por esse motivo, por esquecerem de cuidar do essencial, elas não sobrevivem às estatísticas. Fernando Trías de Bes, no seu Livro Negro do Empreendedor, aponta os Fatores Chaves de Fracasso.

Porém mais do que os fatores chaves do fracasso, existem os fatores óbvios do fracasso. Coisas simples, que qualquer curso de rotina administrativa ensina e, todo mundo esquece na hora de colocar em prática. Isso porque tópicos que estão em todas as revistas de negócios, vendas e economia não salientam o básico, mas sim enchem a cabeça do empreendedor de possibilidades, expectativas e falsas necessidades que, muitas vezes fazem com que ele esqueça o básico.

O Caito Maia é o fundador da Chilli Beans, a famosa empresa nacional de óculos de sol – que, mais recentemente, lançou sua linha de óculos Chilli Beans Vista – óculos de correção visual – e o vídeo abaixo é sobre a história da empresa que fundou. O que precisou estudar, como quebrou a sua primeira empresa por vender mais do que podia entregar e, como precisou, em um certo momento optar pelo controle financeiro ao invés do deslumbrado crescimento.

O que isso mostra? Mostra que, depois que nos atemos ao óbvio e mantemos a casa em ordem o tempo necessário para nos erguermos, enquanto vamos investindo no negócio para transformá-lo em algo lucrativo, podemos sim investir em inovação, em cultura, em criatividade, em geração y. Mas não da pra fazer isso, não da pra colocar a carroça na frente dos bois.

Primeiro o óbvio. Primeiro, os primeiros passos, o necessário, o primitivo. Assim, fazendo direitinho o “bê-a-bá” e o dever de casa, teremos oportunidade para partir para a fase do risco, da inovação e etc.

Eu sou a pessoa que mais ama assuntos como inovação, cultura empresarial e etc. Mas não gosto de ver pessoas colocando os pés pelas mãos ao trocarem as bolas e inverterem as prioridades do negócio.

Tenho um amigo em São Paulo que diz que a ordem é tudo e que, ao contrário do ditado que diz que a ordem dos fatores não altera o produto, ele diz que é justamente a ordem a responsável pelo sucesso ou pelo fracasso de um produto, uma empresa, um planejamento e uma ação.

Você ainda vai ler muito sobre o óbvio aqui. Mas, melhor ainda do que teoria é mostrar na prática como o descontrole e deslumbramento pode matar uma empresa e, como às vezes é preciso colocar o sonho de lado pra cuidar da saúde do negócio.

O Caito soube escolher sobre o óbvio no lugar do sonho. E, desde então, realizou os sonhos que nem sabia que tinha.