Se a culpa não é sua, de quem é?

Empreendedorismo é sobre assumir as rédeas da sua própria vida e, arcar com os méritos e consequências que isso vai acarretar na sua carreira.

Eu odeio essa sentença.

Acredito, sinceramente que ela deveria ser banida do vocabulário brasileiro.

E o principal motivo é que as pessoas se mascaram por detrás dele para parecerem inocentes e vítimas da situação. Isso acaba me incomodando profundamente pois, se algo de bom ou ruim acontece com você hoje é resultado de alguma ação que apenas você praticou.

E ponto final.

Mas, as pessoas são possuídas por um vitimismo que as impede de entenderem que os resultados são atitudes das suas ações.

Pensando nisso, eu resolvi quebrar 03 tabus que as pessoas acreditam que guiam a sua vida e que, no final das contas não tem nenhuma influência direta em nossa vida.

Por que?

Primeiro, porque eu acho que as pessoas se fazem de vítimas de suas próprias ações e depois colocam a culpa no destino, ou em qualquer coisa parecida.

Segundo, porque eu acredito demais no empreendedorismo e, esse blog, antes de ser um blog de marketing e vendas é um blog de empreendedorismo.

Você é dono do seu caminho | ThinkOutside - Marketing & Vendas, Empreendedorismo e Inovação

Você é senhor do seu próprio destino, não vítima.

A sua vida é baseada naquilo em que você acredita.

E aquilo em que acreditamos é a base para as nossas ações.

E tudo o mais é resultado daquilo que nossas ações se transformam. Sorte, benção de Deus, oportunismo, bunda virada pra lua, karma, e tudo mais que você acredita é só uma desculpa que todo mundo usa na hora do mérito, ou da falta dele?

Azar ou sorte? Isso depende da sua ação, e não da conspiração dos deuses a seu favor.

Dito isso, vamos aos tabus que atrasam a vida das pessoas sem que elas percebam.

#1. É tudo uma questão de oportunidade. Ou de falta dela.

Se você não teve uma oportunidade, tem duas opções: parar de tentar, ou continuar tentando.

Empreendedorismo é sobre continuar tentando.

Desistir é para os fracos.

Dito isso, a oportunidade só vem para quem não desiste de procurar. A oportunidade só vem para quem acredita que está no caminho certo e, com isso acaba criando a sua própria oportunidade.

Oportunidades não estão vagando por aí procurando por pessoas que estejam procurando por oportunidades.

Não. Não existe anúncios de oportunidades nos jornais. Nem na internet. A oportunidade é você quem cria, você que desenvolve e faz acontecer. A falta de oportunidade é uma desculpa.

Uma desculpa de quem desistiu de tentar. Uma desculpa de quem desistiu de fazer o seu próprio caminho e sentou aguardando uma ajuda dos céus, uma ajuda milagrosa.

Deus é onipresente. Mas, entre ajudar uma criança que vai morrer pisando numa mina lá no Irã e te dar uma oportunidade de ser alguém na vida, eu prefiro que ele vá lá, cuidar da criança, porque você tem saúde. E isso é o que basta.

A sua oportunidade é ter saúde. Ela é a única oportunidade que você tem de fazer a sua vida acontecer. Dinheiro, amigos, influência e qualquer outra coisa não tem nada a ver com oportunidade.

Existem duas maneiras de alcançar a linha de chegada: o caminho fácil e o caminho difícil. Todos os dois dão no mesmo lugar. Algumas pessoas conseguem percorrer o caminho mais fácil porque alguém lá atrás já percorreu o caminho difícil.

Outras, precisam fazer todo o trabalho…

Agradeça por ter saúde. Na cidade e na selva, é o que basta.

2. Sorte no jogo, azar no amor.

Você tem duas escolhas a fazer: ter sorte no jogo e azar no amor. Ou vice-versa.

Eu aconselho você a escolher a sorte no amor. Infelizmente não sou profissional desse campo e, aí eu acredito em sorte.

No jogo, a gente aprende as regras e fica bom.

No jogo não existe sorte. No jogo existe talento, competência e força de vontade. No jogo existe esforço, determinação, sonho.

A única alternativa do jogo é aprender. Ser bom. Ter sorte não é uma opção.

Por que?

Porque sorte é resultado de preparação. Muita preparação. Anos de preparação. Muitas horas sem dormir de preparação. Tentativa, erros e acertos. E, junto com isso vamos enxergando as coisas de um outro modo, de uma outra maneira que nos permite fazer diferente.

E, quando fazemos diferente, depois de muito esforço, damos a “sorte” do negócio dar certo.

Mas, é muita sacanagem, muito pouco caso, colocar o mérito de horas e anos de trabalho em sorte.

Sorte não existe. O que existe mesmo é o mérito. A força de vontade. E o trabalho incansável.

Da próxima vez que disser que alguém teve sorte, lembre-se que, muitas vezes, durante o seu sono, ele estava batalhando.

A regra é simples. “Sem sacrifício não há vitória”. Optimus Prime.

Sorte no jogo, azar no amor | ThinkOutside - Marketing & Vendas, Empreendedorismo e Inovação

Não existe sorte, ou azar. Existe trabalho duro!

#3. Ter dinheiro é um pecado.

Caramba. Essa frase me irrita bastante, sabia?

Quer dizer então que temos que fazer filantropia. Aquela pessoa que ganhou dinheiro com aquilo que criou, desenvolveu, com as suas ideias então é uma pecadora?

Infelizmente, no Brasil, ter dinheiro, ou melhor, ganhar dinheiro com o suor do nosso esforço é pecado. Brasileiro rico não presta. Brasileiro rico é picareta, bandido e etc.

Sim, eu concordo que em partes isso é verdade.

Mas é possível sim ganhar dinheiro fazendo a coisa certa, fazendo as coisas conforme mandam o figurino, sem ter que fazer politicagem, sem se envolver em sujeira e em roubo.

Se uma pessoa tem dinheiro por mérito e capacidade própria, tem todo o direito de usufruir daquilo que criou. E, sendo assim, não há pecado nenhum nisso.

Se as pessoas se concentrassem mais tempo de suas vidas trabalhando e criando coisas, ao invés de conspirarem sobre a carreira alheia, acredito que, além de serem mais felizes, seriam muito mais capazes de empreender e fazerem a diferença em suas carreiras.

Para de reclamar e tira a bunda da cadeira.

Se mexer é o melhor remédio. É o elixir do empreendedorismo. Por isso, acredito que as pessoas ficam se lamentando porque o desafio é grande e o sacrifício reamente faz com que queiramos desistir, muitas vezes.

Afinal de contas, ser medíocre tá na moda. E, pra essa galera tem Bolsa Família, ajuda disso, ajuda daquilo e tudo mais.

Mas, por outro lado, eu acredito que a nossa vida tem apenas uma chance de dar certo. E nós temos apenas uma chance de deixar o nosso nome na história, ter um legado e fazer com que essa existência tenha algum sentido: através do empreendedorismo.

O empreendedorismo é a sua chance de fazer a sua história aqui ter algum sentido. Infelizmente nem todos pensam assim.

Manda Mais!

O que você diz para os céus quando seus problemas parecem não ter fim?

Nem todos os seus dias serão maravilhosos.

Nada na sua vida vai sair 100% conforme o sonho.

A única certeza é que, um dia sempre será mais difícil do que o outro.

E isso é claro. Os desafios aumentam, as promessas se multiplicam, e as responsabilidades vão cada vez mais sufocantes.

E o que você faz quando as coisas parecem não ter fim?

Você pragueja?

Você chora?

Você reclama?

Ou você pede mais?

Ninguém recebe mais do que da conta e, nenhuma pessoa recebe mais desafios do que pode resolver.

Tudo acontece conforme a nossa capacidade.

John Wooden é um técnico amado nos Estados Unidos.

Dono de um comportamento e um espírito de liderança inigualável, em seu livro “Jogando Pra Vencer”, ele aponta um checklist da liderança, que diz ter sido presente do seu pai para que ele pudesse se tornar uma pessoa melhor.

Diferentemente da tábua dos 10 mandamentos, o checklist da liderança de John Wooden tem apenas 7 itens:

#1. Seja verdadeiro consigo mesmo;

#2. Ajude os outros;

#3. Faça de cada dia a sua obra-prima;

#4. Leia bons livros, sobretudo a bíblia;

#5. Transforme a amizade em uma arte;

#6. Construa um abrigo para os dias de chuva; e

#7. Ore todos os dias para pedir orientação e agradecer as bênçãos que recebeu.

Você tem o hábito de agradecer as bênçãos já alcançadas ou prefere praguejar das dificuldades?

Eu, mais do que ninguém sei como é difícil encarar problemas e dificuldades de frente, sem medo e ter a certeza de que se aquilo apareceu pra mim é porque eu dou conta de resolver.

Mas, acredite! Essa é melhor maneira de resolver as coisas.

Praguejar não vai fazer a diferença.

Os problemas são a grande chave para a liderança | ThinkOutside - Marketing & Vendas, Empreendedorismo e Inovação

Os problemas são a grande chave para a liderança.

A liderança está nas pequenas coisas.

Como as pessoas vão seguir um líder que adora praguejar?

Como as pessoas vão seguir um líder que se desanima no primeiro obstáculo?

Como as pessoas vão seguir uma pessoa que não agradece às benção alcançadas e pede mais desafios?

Um líder é feito de desafios.

E esses desafios simplesmente são o que lapidam as pessoas para que elas cheguem ao seu melhor.

Qual é o melhor que você pode dar?

Você já parou para pensar o que acontece se alguma coisa desafiar você além do seu melhor?

Você já parou para pensar o que acontece se o seu melhor for posto a prova?

O que acontece?

Você precisa estar pronto todos os dias para desafios provações e muitas, mas muitas dificuldades.

Quando mais coisas assim, mais perto você está de ser uma pessoa melhor.

O que diferencia uma pessoa movida a sim de uma movida a não.

Significa que, uma pessoa movida a sim, vai ficar desanimada quando ouvir um não, vai desanimar e, provavelmente desistir.

Uma pessoa movida a não, vai se motivar, dar o melhor de si, a cada vez que essa palavra for pronunciada.

Ela não vai descansar enquanto os nãos não pararem de vir.

E isso, obviamente só vai acontecer quando ele der lugar para o sim.

Por isso, não olhe para cima para praguejar. Olhe para pedir mais desafios, mais provações, mais testes.

Nós somos testados a cada dia.

Quanto maior nosso índice de aprovação, mais rápido ficamos pronto para a próxima etapa, o próximo nível.

E assim, vamos nos aproximando da excelência.

Cada desafio vencido é um passo para ser excelente.

Agradeça aos céus o desafio de praticar a liderança | ThinkOutside - Marketing & Vendas, Empreendedorismo e Inovação

Agradeça aos céus o desafio de praticar a liderança.

O que excelência tem a ver com liderança?

Tem a ver que, o maior desafio de todo líder é tirar o melhor de cada liderado e que o exemplo é o combustível para as mudanças.

Liderança tem a ver com exemplos.

E, todo líder precisa ser um exemplo para os liderados.

E, como tal, ele precisa saber que as vitórias nos desafios são o que nos motivam para os próximos desafios.

E que são esses desafios que nos aproximam da próxima etapa e da excelência.

Por isso, quando um problema cai no nosso colo, precisamos agradecer pela oportunidade de dar o nosso melhor e de ser uma referência para as pessoas que estão ao nosso redor.

Um problema resolvido não é o que interessa.

O que interessa são os problemas. Que eles continuem vindo.

Por que os problemas são um voto de confiança de que nós damos conta do recado e que somos as pessoas certas para servir de exemplo a todo a nossa volta.

Eu, como ninguém estou aprendendo diariamente a levantar a cabeça lá para o alto, agradecer às bênçãos e gritar bem alto: “manda mais”!

Porque só assim eu sei que estou me aproximando de um nível de excelência. Um nível que eu me propus e que, ninguém vai tirar o meu foco.

Reclamar ou agradecer. Chorar ou provocar.

Você pode, sempre, escolher em qual time vai jogar. A verdade é que, é justamente esse time que vai definir as pessoas que jogam ao seu lado.

Você quer pessoas que choram e reclamam ou que se provocam e partem em busca de uma solução?

Tudo parte do seu comprometimento.

Liderança é sobre se comprometer com o desafio, lutar para solucioná-lo, agradecer por ter conseguido solucioná-lo e pedir mais.

Sem desafio não andamos. Nem pra frente, nem pra trás.

Por isso, ao acordar, todos os dias, agradeça para quem você acreditar que está lá em cima observando os seus atos (Deus, o sol, a nuvem, Jeová, Buda, quem quer que seja), e grite, para começar o dia energizado: “manda mais”!

O resultado não poderá ser outro senão a excelência.

Aonde Você Irá se Proteger da Chuva?

Por que a prudência pode te ajudar a manter os pés no chão na liderança?

O seu corpo não gosta de chuva.

Quando está chovendo e você busca abrigo em uma guarita, para em uma padaria, ou espera a chuva diminuir em algum lugar, o cérebro te premia com endorfina.

A proteção é uma maneira de resguardar a sua vida.

Nossa vida é mais importante do que o restante e, por isso, salvaguardar nossa saúde é mais importante.

Se hoje cair um temporal, aonde é que você vai se esconder para se proteger da chuva?

Ou você não vai se proteger?

Quando cai um temporal, todo mundo quer um local seguro.

E, os mais prudentes, sempre vão esperar a chuva passar antes de sair se molhando e se arriscando por aí.

Você sabe o que significa prudência?

Para começar a prudência é uma virtude. Uma das 4 virtudes (junto com a temperança, a justiça e a fortaleza). Mas, prudência nada mais é do que precaução e moderação.

Então, o que prudência, precaução ou moderação têm a ver com liderança?

John Wooden é um técnico amado nos Estados Unidos.

Dono de um comportamento e um espírito de liderança inigualável, em seu livro “Jogando Pra Vencer”, ele aponta um checklist da liderança, que diz ter sido presente do seu pai para que ele pudesse se tornar uma pessoa melhor.

Diferentemente da tábua dos 10 mandamentos, o checklist da liderança de John Wooden tem apenas 7 itens:

#1. Seja verdadeiro consigo mesmo;

#2. Ajude os outros;

#3. Faça de cada dia a sua obra-prima;

#4. Leia bons livros, sobretudo a bíblia;

#5. Transforme a amizade em uma arte;

#6. Construa um abrigo para os dias de chuva; e

#7. Ore todos os dias para pedir orientação e agradecer as bênçãos que recebeu.

Eu, livremente, interpretei que, a prudência é o 5º hábito necessário para a prática da liderança.

A Liderança é o seu Maior Abrigo | ThinkOutside - Marketing & Vendas, Empreendedorismo e Inovação

A liderança é o seu maior abrigo.

A prudência é a essência da liderança.

Por que uma mãe é prudente?

Porque ela não quer que nada de ruim aconteça com o seu filho e, para isso, muitas vezes começa a ser metódica até demais.

Por que, então, liderança tem a ver com prudência?

Prudência nada mais é do que ser precavido, considerar as possibilidades, prever as variáveis que podem ser resultado disso tudo.

Prudência é pensar antes de agir, por que liderança tem a ver com pensar em atos e em suas consequências.

Prudência é evitar tomar caminhos que sabemos que vão nos levar a maus resultados, por que liderança é saber por onde se pisa.

Prudência é ter um olhar 360º das coisas, por que liderança é sobre aprender com tudo que está ao nosso redor.

Prudência é pensar antes de agir, por que liderança tem a ver com exemplos.

Ser líder é saber guiar e, para ser um bom guia, precisamos nada mais, nada menos do que prudência para percorrermos o caminho que não conhecemos.

Liderança é dar o Exemplo | ThinkOutside - Marketing & Vendas, Empreendedorismo e Inovação

Liderança é sobre dar o exemplo.

O que é liderança para você?

Quando John Wooden fala sobre um abrigo para a chuva, ele não quer dizer apenas sobre prudência.

Ele quer dizer que nem todos os dias serão ensolarados e que, as dificuldades serão muito maiores do que você imagina. E, por esse motivo, você precisa construir um abrigo para que os dias de tempestade não lhe tirem tudo que você tem.

O dia de tempestade pode levar embora sua reputação, seus sonhos, suas vontades, seu dinheiro, sua família e muito mais, mas a tempestade não poderá levar embora aquilo que você já realizou.

A tempestade não pode levar embora o seu abrigo: tudo aquilo que você aprendeu e tudo aquilo que construiu; a tempestade não pode levar embora o desejo de fazer a diferença e não desistir nunca.

Isso é imprescindível na liderança.

Em liderança as pessoas não querem que uma pessoa – com o sem chicote – mandem os “marujos” remarem. As pessoas esperam por uma pessoa que seja a primeira a pegar o remo, chame a responsabilidade para si e diga: “vamos remar”.

Liderança é sobre fazer o certo porque sabemos qual é o certo, e não apenas dizer para os outros qual o caminho se acha certo.

Prudência.

Realização.

Essas duas virtudes, quando combinadas, mostram que liderança é sobre fazer a diferença em seus liderados e subordinados através de ações, de exemplos, de resultados, e não apenas de reflexões.

Liderança é sobre tomar à frente.

As pessoas precisam de outras pessoas que tomem a frente: a frente dos problemas, para solucioná-los, a frente das empresas, para levá-las ao progresso, a frente dos problemas, para resolvê-los.

É isso que as pessoas querem.

Em liderança, tudo que as pessoas menos querem é um oráculo.

Por que cargas d’água um oráculo merecia ser obedecido.

Se ele liderava apenas com palavras, suposições, dogmas, preconceitos e teorias?

As pessoas precisam da liderança na prática.

Como você vai liderar ou comandar uma equipe se você não sabe como agir?

Construa um abrigo para os dias de chuva. A única coisa que não pode mudar é aquilo que você já realizou e tudo que conseguiu aprender durante essa jornada.

A única coisa que você terá, para sempre é o poder de realização e força de vontade. Mesmo sob o maior temporal do mundo, mesmo sob as maiores adversidades que existem, você sempre será lembrado pelo que entregou.

E, se você tiver entregado ótimos resultados e, tiver sido prudente, aprendendo a pensar antes de fazer e calcular riscos, consequências e tomar decisões de forma acertada, você tem, dentro de si o verdadeiro espírito da liderança vivo e forte.

E, sabendo que as realizações não podem ser tiradas de um líder prudente, que aprende com seus atos e com sua equipe, nenhuma tempestade poderá lhe atingir e você será impenetrável.

Impenetrável com o seu escudo chamado reputação.

Impenetrável com o seu escudo chamado realização.

Impenetrável com o seu escudo chamado legado.

Impenetrável com a virtude chamada prudência.

E esse será o seu escudo, o maior abrigo que qualquer pessoa pode construir para qualquer tempestade: a liderança.

A Liderança não Está em Cartas Marcadas | ThinkOutside - Marketing & Vendas, Empreendedorismo e Inovação

A liderança não está em cartas marcadas!

 

 

 

Hoje é o primeiro e o último dia.

Dias atrás eu iniciei uma série de  posts sobre liderança. O post foi inspirado no livro de John Wooden, “Jogando pra Vencer” e é um checklist de alguns comportamentos para despertar o espírito da liderança.

O checklist é composto de sete itens:

  1. Seja verdadeiro consigo mesmo;
  2. Ajude os outros;
  3. Faça de cada dia sua obra prima;
  4. Leia bons livros, sobretudo a bíblia;
  5. Transforme a amizade em uma arte;
  6. Construa um abrigo para os seus dias de chuva; e
  7. Ore todos os dias para pedir orientação e agradecer as bençãos que recebeu.

Estamos na segunda semana do ano. Ou seja, aquele furor de ano novo, das resoluções, promessas, paz e amor já perdeu o gás, a chama já deu aquela diminuída. Nós vivemos e acordamos, cada dia como se ele fosse apenas uma parte de uma coisa maior. E não como se cada dia fosse essa coisa maior.

Nós sempre achamos que teremos o dia de amanhã, mas na verdade, não temos nenhuma garantia de que estaremos de pé ao amanhecer. E, tentar fugir da morte não vai garantir vida eterna pra ninguém. Só vai fazer você ter uma vida sem nenhuma história pra contar. Por isso, melhor do que temer a morte, é se entregar à vida como se hoje fosse o último dia.

A verdade é que a morte está aí. Mais dia menos dia ninguém sai ileso do encontro com ela. Mas, muita gente só se da importância de não temer a morte e, aproveitar o dia como se fosse o último quando se depara com ela, ou quando quase morre.

Steve Jobs diz isso.

Ninguém quer morrer. Mesmo as pessoas que querem chegar ao Paraíso não querem morrer pra estar lá. Mas, apesar disso, a morte é um destino de todos nós. Ninguém nunca escapou. E deve ser assim, porque a morte é provavelmente a maior invenção da vida. É o agente de transformação da vida. Ela elimina os antigos e abre caminho para os novos.

E ele, quando se deparou com a morte, viu que, mais cedo ou mais tarde vamos morrer e, depois disso, o que vai restar são as memórias. Nossas realizações, nossas ideias, nosso legado.

E é sobre isso que diz o terceiro item sobre o checklist da liderança: faça de cada dia a sua obra prima. Hoje é o primeiro e último dia da sua vida. O ontem já passou. O amanhã é incerto. Um bom líder sabe que, se quiser deixar o seu exemplo contagiar os seus liderados precisa fazer de todos os dias a sua obra prima.

Esqueça o ano que passou, se o mundo vai acabar em 2012 ou não. Concentre-se no dia de hoje. Porque ele é a oportunidade e fazermos coisas excelentes, de fazermos aquilo que será o nosso legado. Liderar é estar na frente. Quando um funcionário acorda na Segunda desanimado pra trabalhar, se ele ver o seu líder com o mesmo desânimo, ele não terá nenhum motivo pra dar o seu melhor e fazer o que tem que ser feito. Afinal, amanhã será terça, depois quarta e, aí sim eu faço o que tem pra fazer. Afinal, hoje é segunda, dia mundial da ressaca e, por que cargas d’água pra mim seria diferente?

Mas, quando o líder está animado e pronto para fazer desse dia a sua obra prima, a pessoa que está curtindo a sua segunda da ressaca se sente incomodada. A frase carpe diem é famosa hoje. Neguinho não sabe o que ela quer dizer, não sabe o que está por trás dela e, na verdade só fala isso porque é modinha.

Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibifinem di dederint, Leuconoe, nec Babyloniostemptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,quae nunc oppositis debilitat pumicibus mareTyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevispem longam reseces. dum loquimur, fugerit invidaaetas: carpe diem quam minimum credula postero. [Tu não indagues (é ímpio saber) qual o fim que a mim e a ti os deuses tenham dado, Leuconoé, nem recorras aos números babilônicos. Tão melhor é suportar o que será! Quer Júpiter te haja concedido muitos invernos, quer seja o último o que agora debilita o mar Tirreno nas rochas contrapostas, que sejas sábia, coes os vinhos e, no espaço breve, cortes a longa esperança. Enquanto estamos falando, terá fugido o tempo invejoso; colhe o dia, quanto menos confiada no de amanhã].

Viva o dia de hoje como se fosse o último. Viva como se fosse a última hora. Viva e não guarde o melhor pra amanhã. Viva e, faça o melhor agora. Somente aproveitando momentos, aproveitando o tempo, e fazendo o seu melhor a cada dia é que conseguimos inspirar as pessoas a darem o melhor de si.

As pessoas dizem que os funcionários precisam ser motivados. BALELA! Ninguém motiva ninguém. O máximo que uma pessoa pode fazer pela outra é inspirá-la não com palavras, mas com ações. Fazer o melhor como se fosse o último dia. As pessoas só se sentem motivadas a fazer aquilo que você pede a elas, se verem que você está na linha de frente da batalha.

Existem milhares de filmes que mostram a liderança pelo exemplo, pela inspiração. Filmes que o líder faz de cada dia, de cada ensinamento, de cada atitude a sua obra prima. Que ele está na frente, que ele é o primeiro e, assim, fazendo de cada dia a sua obra prima, de viver cada dia como se fosse o último, eles arrastam seus liderados, eles deixam um legado, eles escrevem seu nome na história.

O vídeo abaixo é só um pequeno exemplo de quando uma pessoa se coloca na frente dos outros, no lugar dos outros e faz  de cada dia a melhor obra prima que consegue. É um vídeo velho e, no início do blog, há alguns anos atrás ele já passou por aqui. É muito conhecido mas, explica muito bem sobre exemplo, inspiração e liderança.

Haja como se você só tivesse um dia pra mostrar a que veio. E, faça isso todos os dias. Porque, não sabemos quantos dias mais teremos pra mostrar a que viemos. Isso irá tocar as pessoas. Irá motivá-las e, irá certamente fazer que elas queiram te seguir pra qualquer lugar que você vá.

Retrospectiva 2011, Parte 1 – Os livros do ano.

Hoje é 22 de dezembro de 2011. Em pouco mais de uma semana o ano vai embora e, para muitos começa tudo de novo: novas esperanças, novas oportunidades. Para outros, apenas um ciclo se fecha. Eu vou aproveitar o finalzinho do ano pra eleger os top cinco de 2011 – até agora.

E eu escolhi começar pelos livros.

Eu sou simplesmente apaixonado por livros. Já devorei algumas bibliotecas de escolas e universidades por onde passei. Acho o livro o presente mais legal de se dar e receber (tanto é que quase todos os meus presentes de Natal são livros), e sempre que posso tô comprando alguma coisa. Alguma coisa que me chame atenção, alguma coisa que me provoque, alguma coisa que seja diferente.

Eu leio coisas que pra mim têm a ver com Branding, Marketing & Vendas e Empreendedorismo. Essas são as minhas maiores paixões e, acredito que todo bom livro desses temas tem ótimas lições para nos demonstrar. A partir do momento em que eu começo a ler um livro, eu só descanso depois que eu terminei e já comecei a ler outro. Acredito que a paixão pela leitura diferencia totalmente as pessoas que fazem a diferença daquelas que não tão nem aí.

Acredito que os livros são as bases, os pilares para o avanço na educação, na economia, na política e nos rumos do país. Por isso vou começar essa retrospectiva das melhores coisas com os livros.

#5. A Cabeça de Obama, de Sasha Abramsky. Este é um livro que fala sobre como Obama elaborou suas estratégias para vencer praticamente todas as eleições que disputou. Você sabia que Obama até hoje, em todas as eleições e disputas em que se meteu só perdeu uma vez uma prévia de seu partido? Até hoje, apenas uma pessoa derrotou Obama. O hoje presidente os EUA é um advogado formado, um leitor voraz e um escritor altamente determinado que, aos trinta anos publicou sua autobiografia. A maneira de agir aos problemas, aos ataques dos adversários, de se posicionar, de traçar as estratégias de uma campanha limpa, sem apelações, além de mostrar a grande aceitação de um negro às vésperas da eleição presidencial de um país altamente preconceituoso fazem do livro “A Cabeça de Obama” um tratado sobre o pragmatismo, sobre posicionamento e sobre liderança. Obama levou a internet pra dentro de sua campanha, mostrou ser uma pessoal altamente centrada e focada nos objetivos principais de sua estratégia, a ponto de ignorar, ou antecipar, quando convém os ataques de seus adversários políticos. Além disso, sabe usar esses adversários a seu favor, quando necessário. Sem sombra de dúvida é um livro que se faz necessário para aprendermos sobre como agir pragmaticamente e, sobretudo aliar o pragmatismo à decisões estratégicas. Uma aula de marketing político.

#4. A Nascente, de Ayn Rand. A Nascente é o primeiro livro a fazer sucesso de Ayn Rand. A Nascente conta a história de Howard Roark, um arquiteto que tinha um estilo peculiar de trabalhar e que tem uma visão bastante inovadora em seus projetos de construção. Porém, tal maneira de trabalhar encontra muito preconceito e inveja em profissionais que estão acomodados e que não querem mudar o status quo. Isso faz com que Howard Roark encontre pela frente barreiras e inimigos dispostos a derrubar o seus trabalhos e suas ideias. A Nascente é um tratado aos empreendedores, aqueles que rompem com a mediocridade e que com isso, muitas vezes acabam pagando o preço de ter todos contra suas ideias e seus projetos brilhantes. Ayn Rand explora em A Nascente que, o egoismo é a nascente do empreendedorismo, uma vez que o empreendedor constrói para si mesmo e não para os outros. Ele não trabalha pela oportunidade de atender clientes, ou pela oportunidade de ter o seu trabalho reconhecido, mas sim pelo individualismo, por poder ter o seu desejo saciado. Essa é a base da doutrina filosófica da autora – o objetivismo, que prega que o objetivo da vida é atingir a própria felicidade e o seu interesse racional, e não pela vida dedicada a terceiros. É do filme – e consequentemente do livro – de A Nascente a famosa cena na qual Howard Roark discursa no tribunal, durante alguns minutos, em nome do individualismo. A cena pode ser vista abaixo:

#3. BrandSense, de Martin Lindstrom. BrandSense é o nome de uma pesquisa que Martin Lindstrom coordenou e que serviu de estudo sobre o impacto em que apelos sensoriais (além de apenas visão e audição) podem causar nos clientes. Entre os exemplos do livro, um caso aonde uma loja de conveniência instalou na sessão de roupas de banho um odorizador que borrifava um perfume de “leite de coco” e que, fazia com que as pessoas, em pleno inverno, visitassem esse departamento e sempre levasse alguma coisa. Outras coisas como o cheiro de pipoca na porta dos cinemas, poucos instantes antes do filme começar fez com que um cinema que vivia constantemente vazio começasse a encher as suas sessões. Eu acredito que BrandSense seja um dos livros de marketing do ano. Talvez só não seja O livro do ano, porque seu original é de 2005, e assim como muitos outros livros excelentes do autor (como Brandwashed) ainda não chegaram no Brasil traduzidos ou estão chegando só agora (como A Lógica do Consumo, que foi o primeiro livro de Martin a ter sua versão em português).  Martin brinca do livro que a soma dos dois sentidos mais utilizados pelas marcas (visão e audição) já surte efeito. Porém, caso as marcas utilizem todos os sentidos, os resultados podem ser muito maiores. Ele brinca que 2+2=5. Mas que se usarmos os cinco sentidos, teremos (2+2)+(2+2)+(2+2)+(2+2) = 20. Esse livro é altamente indicado para qualquer pessoa que se diz trabalhar em marketing.

#2. Regras Para Revolucionários, de Guy Kawasaki. Regras para Revolucionários é uma dessas relíquias que só quem é realmente “rato de livraria” encontra. Eu tenho o hábito de ficar passeando por livrarias, perder algumas horas vendo algumas coisas, alguns itens e vendo se tem algum achado nisso tudo. Em Novembro, em um passeio despretencioso por uma livraria pequena e familiar de Quatis eu encontrei esse livro, que é de 1999. Esse livro é antes do boom do e-commerce, antes de empresas como a Zappos transformarem a forma de fazer negócio pela internet. Mas, mesmo assim é um excelente guia de marketing para marcas revolucionárias. O livro é dividido em três partes:  crie como um deus, comande como um rei, trabalhe como um escravo. Aqui, Guy Kawasaki conta algumas lições de empresas – inclusive a Apple, a qual ele foi evangelizador – e sobre alguns métodos que até hoje podem ser inovadores para o desenvolvimento de estratégias de marketing de produtos e serviços. O livro fala sobre colocar o dedo na ferida, sobre não ter medo de errar, sobre riscos, sobre os imãs fatais, que podem ser armadilhas a qualquer negócio e sobre o porque ele é a favor de a Apple ter licenciado o seu sistema operacional para outras máquinas, o que Steve não estava de acordo. A lição que Guy Kawasaki deixa de Regras para Revolucionários lá em 1999 é CRIAR SEGUIDORES E NÃO CONSUMUIDORES. Posso dizer que, mesmo sendo da década retrasada, esse é um livro muito atual e, leitura obrigatória pra todas as marcas que querem contar boas histórias e criar bons produtos para seus seguidores.

#1. Steve Jobs por Walter Isaacson. Steve Jobs não poderia faltar na lista dos melhores livros do ano. Talvez tenha sido o único livro que virá a ser um best seller que eu li esse ano. Mas não por estar na moda e, sim por eu ser um seguidor de Jobs e um grande admirador da maneira com que ele criou e revolucionou mercados. A biografia autorizada de Steve Jobs não poupou em nenhum momento o seu lado obscuro, como o fato de ter simplesmente ignorado sua primeira filha, e seus hábitos higiênicos escusos. Saber como Jobs criou a Apple, a NeXT, a Pixar e voltou para revolucionar mais uma vez a Apple é simplesmente sensacional. Mais sensacional ainda é ver as pessoas falando do campo de distorção da realidade de Steve e de seu poder de convencimento junto às outras pessoas. A biografia de Steve Jobs é um curso de empreendedorismo, marketing, inovação, design, apresentação, criação e desenvolvimento de produtos. É um daqueles livros que você quer ler o quanto antes mas, ao mesmo tempo não quer que acabe. Jobs era um cara tão fora do comum que atribui muitas coisas das que ele idealizou na Apple às suas viagens de quando ele estava chapado de LSD. Disse que ele – o LSD – foi muito importante para o seu futuro. E diz isso com uma convicção tão grande que, em alguns momentos realmente me deu uma grande vontade de experimentar. Acredito que, é essa mesma força e essa mesma distorção da realidade que ele usou para atrair pra si pessoas foras do comum e extraordinárias e criar empresas que continuam revolucionando mercados e rompendo barreiras mesmo depois de ele ter morrido. Coincidência ou não, o primeiro e segundo lugar são ocupados por mentes que estavam por detrás de lançamentos dos produtos extraordinários da Aplle: Steve Jobs e Guy Kawasaki.

Bonus: A Imaginação, de Jean-Paul Sartre. A imaginação é um pequenino livro de bolso de Sartre. Um livro do início da sua carreira universitária, muito distante daquele que seria o autor sensacional de “O ser e o nada”, e livro em que Sartre usa a fenomenologia criada por Edmund Husserl para traçar uma história sobre a filosofia e a imaginação. Eu acredito que a filosofia tem grande peso no que diz respeito ao empreendedorismo e  este, antes de ser um comportamento precisa ser uma filosofia, um modus na vida das pessoas. Acredito ainda, que a filosofia é uma grande maneira de re-pensar soluções para estratégias, produtos e empresas. Entender como as ideias funcionam, como as ideias se encaixam e como as coisas se definem é um belo caminho para se tratar estratégias de marca, de produtos e de vendas. Todo empreendedor é, no fundo, um filósofo. E é justamente esse legado que eles deixam: a sua corrente de pensamento, a suas ideias, e não apenas suas realizações.

Eu desejo que, em 2012 você possa ler ainda mais, possa aprender ainda mais com os livros. Sem leitura, não formamos líderes, não formamos empreendedores, não levamos o país pra frente.

Conselho #1 de ano-novo: em 2012 leia mais do que em 2011, aplique o que aprendeu na leitura em prática e, passe o conhecimento adiante.

Que venha 2012 com mais livros sensacionais!!

Eu nunca trabalhei oito horas por dia!

O sonho de muitas pessoas é realmente não precisar trabalhar as malditas oito horas do dia. Mas, essa frase aí em cima não é minha. Não fui eu quem a disse e, o seu significado não tem nada a ver com o que algumas pessoas que podem estar lendo esse post estão pensando.

Eu tenho um grande presente em minha vida que é ter a minha família próxima. A relação que tenho com a minha mãe e irmã, que são incomuns e, a relação com todo mundo ao redor. O relacionamento que tenho com primos e tios, são muito mais estreitos do que a maioria, o que faz com que a minha pequena família, de certa maneira, possa-se dizer que é bem unida. E eu tenho por detrás de meu caráter e minha personalidade o exemplo de um grande homem, meu avô, que é o dono dessa frase aí.

Meu avô, hoje para completar seus setenta e nove anos é um senhor que casou muito jovem e, foi pai também muito jovem. E por circunstância do destino, foi pai de dois filhos, um atrás do outro. Digo circunstância do destino porque minha avó era muito inocente, havia sido criada em colégio interno de freiras e, naquele tempo, diferentemente de hoje, as meninas de dezessete anos não sabiam nada sobre educação sexual. Ela mesma me disse que só conseguiu entender, pela lógica e, ligando uma coisa à outra, como se engravidava, quando engravidou do seu terceiro filho.

E depois disso ela teve apenas mais um.

Acontece que, o meu avô em uma idade em que eu estava ainda estudando, e que hoje, 90% dos jovens também estão, já era pai, e pior, de dois filhos. A minha avó, nem bem tinha completado a maioridade e já tinha dois filhos para cuidar. Como ela mesma gosta de dizer hoje, ela era uma criança cuidando de outras duas. E por isso, meu avô nunca pode se dar ao luxo de trabalhar apenas oito horas por dia. E isso, em uma época em que ele trabalhava em turno de revezamento de seis horas, na ainda recente CSN.

Então, essa frase é do meu avô. Ele diz até hoje que, nunca trabalhou apenas oito horas. Depois que ele saia do seu trabalho ele sempre fazia alguma coisa. Construiu meio-fios em alguns bairros que ainda estavam em construção por aqui, foi motorista de taxi, vendedor de meias, relógios e etc. e, assim criou três filhos. Digo três porque o quarto filho só nasceu depois que os outros já estavam grandinhos.

E o mais legal é que meu avô foi vencendo. Em uma época em que curso superior era coisa pra poucos, meu avô com seu conhecimento, seu interesse e sua disposição foi ganhando espaço dentro da empresa em que trabalhava, fazendo contatos, criando seu networking e, sempre fazendo alguma coisa por fora, por aqui ou por ali para ajudar na renda e, assim poder ter um pouco mais de conforto.

Algumas pessoas diriam que a história do meu avô é uma exceção. Mas não é. Ela é muito comum, mais comum do que pensamos, pela época em que aconteceu, nos idos da década de 50. E meu avô não parou por aí. Ele, depois de aposentado, usou seu networking para abrir empresas de consultoria e representação, que duraram até eu ter nascido e já estar grandinho para poder me lembrar de algumas coisas. Mas, o mais importante é o valor que meu avô sabe que o trabalho tem nisso tudo.

Se perguntarmos pra ele a que ele atribui isso tudo, ele não dirá sorte, ou oportunismo, nem nada parecido. Ele responderá com a frase título desse post. Essa é a resposta. Essa é a resposta para grandes perguntas que as pessoas se fazem diariamente, mas que não conseguem enxergar.

Existe uma grande frase que, tem um pouco a ver com isso que é: “o que você faz em seu tempo assalariado determina o seu presente e, o que você faz no seu tempo não assalariado determina o seu futuro”. É mais ou menos isso mesmo. Hoje, estava conversando com um amigo, e ele me disse que o pai dele teve quatorze filhos. E que criou esses filhos com o dinheiro de um salário-mínimo.

Ele me dizia, que quando era moleque, ele e seus irmãos, no final de semana, trabalhavam ajudando a descarregar caminhões de cal, cimento, tijolo, em alguns materiais de construção para ter um trocado pra passar a semana, pra ajudar na merenda da escola, ou para sair com os amigos. E aqui não estou falando de trabalho infantil. Eles faziam porque precisavam, mas primeiro porque queriam. Queriam ter a autonomia e o prazer de ter um dinheiro pra si, para ajudar a desafogar as contas dos pais, e para poderem ter algo a mais do que os pais poderiam lhe dar.

E ele me disse que, nisso aí, ele e os irmãos pegaram gosto pelo trabalho. Que hoje, trinta anos depois, ele e os irmãos são trabalhadores, são esforçados e, têm consciência de que a única forma de conseguir algo para si e para a família que hoje têm é através do trabalho. Através das horas que têm para usar seus talentos e seus conhecimentos para produzirem algo.

Histórias como essa aconteciam antes, muito mais do que hoje. Como esse amigo mesmo me disse, hoje é mais fácil pedir mesada ao pai, pedir um dinheiro pra sair com os amigos, do que a pessoa querer fazer por merecer o dinheiro.

E realmente é mais ou menos isso aí. Eu vejo poucas pessoas, da minha idade, mais jovens ou até mais velhas, pensando que é o que a gente produz que nos transforma no que somos. Vemos poucos jovens pensando em trabalhar antes de terminar a pós-graduação. Vejo poucas pessoas querendo entrar no mercado de trabalho antes dos trinta anos. Vejo muito pouco sangue nos olhos dessas pessoas em trabalharem em construírem.

Muito pelo contrário, elas querem ter, para ostentar, mostrar e gastar. Não sei se falta paixão pelo trabalho, paixão pelo conhecimento, paixão pelos resultador, ou como já dizia o grande Jack Welch, paixão por vencer.

Sei que falta ambição. Falta querer mais. Os jovens hoje não têm contato com o trabalho como uma forma de construir algo, mas sim de conseguir algo. E isso não tem nada a ver com a melhoria da condição financeira da família e à possibilidade de uma pessoa poder focar nos estudos para somente depois trabalhar não. Até porque, subentende-se que, as pessoas estudam para criar, para trabalhar, para contribuir e, a melhor maneira de fazer isso é conciliando, juntamente com o estudo, a prática e o trabalho.

Mas, será que é tão difícil de enxergar isso?

Será que essa falta de ambição, essa falta de prazer por um legado, essa sensação de poder deixar alguma não é resultado disso? Porque eu vejo aquelas pessoas que por necessidade, vontade, ou até mesmo prazer, começaram a trabalhar desde cedo, conseguem se destacar, conseguem criar mais, conseguem ir além daquelas que só trabalham quando realmente precisam?

Porque na maioria das vezes, em sua raiz familiar isso está impregnado. Assim como na minha família, pelo meu avô e pelo pai dele a história de trabalho, de esforço de força-de-vontade e de exemplo; pela família de meu amigo, que começaram trabalhando para ter o “gostinho” da responsabilidade; e pelo exemplo de tantas outras pessoas que criaram famílias trabalhando, construindo e criando as coisas, geralmente em um primeiro momento por necessidade, seja depois por hábito prazer ou gosto.

O exemplo precisa estar impregnado nas famílias. Da mesma maneira que uma empresa precisa de suas raízes para deixar uma mensagem, as pessoas precisam de raízes para se transformarem em pessoas excelentes, diferentes, incomuns.

Eu vou citar um exemplo, sobre o “exemplo” que um amigo deu e que eu achei deslumbrante, que é sobre você precisar ser o exemplo, ser coerente, fazer o que você fala, ter atitude conforme aquilo que você prega porque só assim você consegue contagiar as pessoas que estão ao seu redor e, muitas vezes, aquelas pessoas que são diretamente influenciadas por você.

Um pai que diz que o filho não pode comer a sobremesa antes do almoço (ou da janta), tem que agir da mesma maneira. Não adianta ele dizer que o filho não pode e ele achar que ele, por ser o pai, por ser o “chefe” pode. Se ele diz que o filho não pode comer a sobremesa antes do almoço, ele tem que AGIR dessa forma.

O mesmo é um chefe que exige que os funcionários cheguem no horário. Ele precisa dar o exemplo. Ele precisa estar ali no horário. Se um chefe exige de seus funcionários chegarem às oito, mas não consegue estar na empresa antes das dez significa que ele não tá dando exemplo e, se ele mesmo não consegue cumprir as regras que ele estabelece pra empresa, tem algo de errado.

Da mesma maneira temos o exemplo do trabalho. Se um filho cresce vendo o pai falando mal do trabalho, chegando estressado do trabalho, brigando no trabalho, ele vai achar que aquilo é ruim e, depois não adianta falar que é bom porque a experiência que ele vai ter daquilo é que é algo ruim. E eu acho que é justamente isso que faz toda a diferença.

Eu tenho certeza de que minha mãe e meus tios não cresceram vendo nem meu avô, nem minha avó falar mal do trabalho. Muito pelo contrário, eles cresceram ouvindo o meu avô falar que nunca trabalhou somente oito horas por dia e, que o trabalho não faz mal a ninguém. Da mesma maneira, ele mostrou que a úncia chance de você conseguir construir alguma coisa é por conta do seu trabalho, do seu esforço, dos seus conhecimentos, da sua vontade.

Será que é a falta de exemplo que faz essa apatia que eu vejo hoje por todos os lados. As pessoas enchendo a boca pra falar que não querem enriquecer, como se isso fosse algo proibido, ou um crime. Dizendo que querem apenas ter uma “vidinha tranquila” poder passear, sair e dar uma boa educação para os filhos. Será que alguém pode querer só isso mesmo da sua vida? Será que alguém pode querer apenas que não aconteça nada de ruim? Será que tá todo mundo querendo apenas esperar a vida passar, a aposentadoria e a morte chegar?

Será que tá todo mundo jogando a vida fora, perdendo a chance de criar, de errar, de acertar, de ter experiências, de contar uma história, de recomeçar do zero, de criar riqueza pro universo, de sempre produzir, se querer mais, de se exigir mais, de se cobrar, e de poder deixar um legado, apenas por falta de exemplo?

Qual exemplo essas crianças estão tendo?

Ah! Já sei. Dos pais que trabalham nos Correios e fazem greve. Nos concursados que ganham pra trabalhar pouco e colcocar a culpa na burocracia. Nos pais que trabalham no banco, fazem greve e, de repente, estão em casa enquanto deveriam trabalhar. Mas, o mundo, as pessoas não se lembram dos bancários, dos correios. Elas se lembram das pessoas que quiseram realmente contribuir.

E nesse time, concurseiros, concursados, concursandos e, conformados não fazem parte. São mau exemplo. Mostram que o que importa é você ter e não construir, que o que importa é você ganhar, não conquistar. Realmente é um péssimo exemplo. Um péssimo exemplo pra um país com um grande potencial, que precisa de empreendedores, de netos, bis-netos, tetranetos e filhos de pessoas que nunca trabalharam apenas oito horas por dia.

É uma pena! Estão perdendo uma vida, perdendo a oportunidade de construir uma história de avanço e progresso para construírem e trabalharem na burocracia e na mediocridade. Eu prefiro trabalhar na outra ponta. Eu tive exemplo pra isso e, me envergonharia se não estivesse nessa lado: no lado dos que produzem, dos que puxam pra frente, dos que constroem e, mesmo errando, não desistem!

Eu sou mais um desses loucos. E vou fazendo minha parte. Terei orgulho em, daqui a cinquenta anos dizer pro meu neto que eu nunca trabalhei apenas oito horas por dia, e completar dizendo que aquilo que eu fiz no meu tempo assalariado garantiu o meu presente, mas aquilo que fiz no meu tempo não assalariado garantiu o meu futuro. E eu estarei lá, com ambição, força de vontade e muita determinação para vê-lo.

E quando meus olhos se fecharem pela última vez, quero que meu legado fale por si só!

Acorda!! Tá na hora de mudar o mundo…

Deve Haver um Jeito Melhor.

“Foco significa dizer não a centenas de boas ideias”. Steve Jobs.

Bem, não é novidade mas, o estimado e REVOLUCIONÁRIO Steve Jobs se foi…

E este post não irá discutir para onde e nem porque.

Eu sempre achei Jobs um cara fantástico. Para mim, o seu discurso em Stanford, que os telejornais exibiram essa semana como algo inedito e triunfante, pode ser comparado, pelo legado deixado à história, ao consciente empreendedor como um presente tão importante e belo quanto o discurso de Martin Luther King Jr. Esse discurso, por si só já mostra o quanto estamos falando sobre um indivíduo fora do comum.

Eu me lembro do dia primeiro de maio de 1994 como se fosse hoje. Ao acordar, meus pais, ainda casados, me disseram, com uma voz que não sei se de tristeza ou de preocupação que, “dessa” vez, o acidentado da Fórmula 1 tinha sido Ayrton Senna. Eu ainda não tinha dez anos quando o grande Senna morreu. Mas me lembro muito bem daquele dia porque eu assistia Fórmula 1 apenas por causa dele. Porque ele era brasileiro, vencia, tinha personalidade e, era admirado até pelos concorrentes (ou seria melhor adversários?).

Acontece que, no dia da morte de Ayrton, em especial, eu não tinha acordado para ver à corrida. Acordei já estava na metade e, recebi essa notícia de meus pais, sem saber da gravidade do acidente. Eles apenas me disseram que ele havia se acidentado.  E, durante o resto da corrida, pude ver o quanto o negócio era sério.

Ayrton Senna morreu. Naquele mesmo dia. Naquele mesmo primeiro de Maio. Dia do trabalho aqui no Brasil. E, como uma criança que era, e ainda sou, me permiti chorar, me permiti ficar triste e me permiti perguntar: e agora?

Eu ainda não tinha noção da grandeza de tudo que estava por trás de Ayrton Senna. Depois, fui podendo ver o quanto esse cara era líder, visionário, trabalhador, inovador e persistente. Depois, crescendo, fui aprendendo, como todo e qualquer jovem brasileiro, a admirar e gostar ainda mais desse cara que, tinha o capacete verde e amarelo.

No esporte, na minha vida, na Fórmula 1, esse cara vai ter sempre o lugar dele.

Depois de tanto tempo, me vejo, nesse dia cinco de Outubro, como aquela criança que recebe dos pais aquela notícia estranha, fatídica, final. Perdemos Steve. Quando conjugo o verbo perder na segunda pessoa do plural não falo de mim e de todos aqueles que o admiram. Falo no coletivo, NÓS, porque Steve Jobs é cidadão do mundo e, patrimônio da humanidade. Todos que entendem, admiram, enxergam, gostam, vêm, sabem que, perdemos uma pessoa diferente. Não basta pensar diferente. Precisamos SER diferentes.

E Steve foi. Ou será que é. Não sei se aquilo que você continua representando muda, mesmo depois que a morte aparece. Ele não está mais aqui, mas continua sendo muita coisa ainda. Inclusive EXEMPLO. E isso, pode-se passar centenas de anos, ele continuará sendo.

Eu fico me perguntando se pessoas extraordinárias nascem com algum dom extraordinário. Mas, essa resposta, sempre me aparece de uma maneira fácil, quando eu vejo que pessoas extraordinárias sempre se preocuparam com coisas extraordinárias. Por extraordinário, vamos entender que é aquilo que não é conforme ao costume geral.

E aí eu vejo que, para ser extraodinário, excelente e, completamente diferente, você precisa pensar e agir de uma maneira que não seja da maneira costumeira, que não seja guiada pelos costumes gerais.

E isso, pessoas como Steve Jobs realmente nunca foram. Os costumes nunca se aplicam a essas pessoas e, por isso, por elas não se submeterem ao costume, ao consenso, às opiniões formadas, seu legado transcende o comum, transcende o que muitas pessoas enxergam como normal. E aí nasce o magnífico, o que faz a diferença, o que muda o mundo e inspira gerações.

Com a morte de Steve Jobs, eu me senti no mesmo direito de quando Ayrton Senna morreu. No direito de me sentir criança, de me sentir privado de um exemplo, de um gênio, de uma pessoa fora do comum e que que não age conforme o “normal”. E que, por isso, são extraordinárias, são inspiradoras, são líderes, são inovadores. E criam…

E por isso Steve Jobs mereceu minhas lágrimas, minha tristeza e meu luto. Porque ele era um cara diferente. Porque era O CARA.

Eu admiro Steve Jobs como empreendedor. Nada mais interessa. Steve fez muito mais do que qualquer um no campo empreendedorismo, tecnologia, inovação, computadores, música, telefonia, filmes de animação, tablets, publicação digital e lojas de varejo. Bem, se isso não é ser um ser humano extraordinário, não sei o que é.

Vida pessoal, vida social, causas humanitárias? Diante de tantas realizações, acho que isso é apenas um detalhe. Acredito que, quando uma pessoa foca 100% em algo, ela se destaca 100% nisso. Quando ela se concentra 80%, 60%, 40% ou menos, ela se destaca o proporcional. No caso de Steve temos um cara 100% destaque naquilo que ele propôs se concentrar.

Pai e marido ausente? Talvez. Mas Steve sempre fez questão de agradecer a esposa compreensiva e companheira que tinha. Acredito que, nessa parte, ele conseguiu algo que muitos empreendedores não conseguem: uma cúmplice. Caso contrário ele teria se divorciado, teria ficado como dezenas de empreendedores: sozinho. Mas não foi esse o caso. Acredito que todos nós temos uma chance de encontrarmos a companhia certa para aquilo que somos. E Steve Jobs soube que Laurene seria a pessoa certa para estar presente enquanto ele estivesse ausente e, que seria madura, amável e amorosa o suficiente para entender toda a sua ausência.

No seu livro “Fora de Série”, Malcolm Gladwell estuda e analisa as condições temporais, sociais, tecnológicas, familiares, psicológicas e etc., que “transformam” pessoas normais em pessoas fora de série. No livro ele cita ainda o exemplo de Bill Gates e do nascimento e sucesso da Microsoft. Parece que esse fato é oculto e não sabido para muitas pessoas e empreendedores. Mas, por algum motivo, Jobs sabia que o contexto, que o cenário era muito importante na sua carreira para ter lhe transformado na pessoa que ele se tornou.

Você não consegue ligar os pontos olhando pra frente; você só consegue ligá-los olhando pra trás. Então você tem que confiar que os pontos se ligarão algum dia no futuro. Você tem que confiar em algo – seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem nunca me desapontou, e fez toda diferença na minha vida.

Essa é a prova de que Steve Jobs sabia que o contexto influencia naquilo que somos. Ele sabia que, seus conhecimentos de eletrônica, em sua grande maioria, só eram possíveis por causa da profissão de seu pai adotivo. Ele conhecia esses fatores e foi capaz de usá-los para que, no futuro, pudesse “ligar os pontos”.

Infelizmente, perdemos um cara que, escolheu concentrar 100% de seus esforços em mudar o mundo e, conseguiu.  Viva Steve Jobs, aonde quer que ele esteja!

É claro que, por todos os lados vemos pessoas ressaltando o quanto Steve era um mau líder, uma pessoa egoísta e sei lá o que. Mas, eu acredito que ele era muito mais. Vejo pessoas chamando-o de egoísta e autoritário. Mas, acho que todos nós temos a obrigação de sermos egoístas.

Nossas realizações são feitas para nós mesmos. Se as outras pessoas gostam, que ótimo. Mas, em um primeiro momento, elas são feitas para nos agradar. E não agradar aos outros. E, talvez esse tenha sido um grande segredo de Steve. Ele criou pensando nele, ignorando a opinião dos “consumidores” e, com isso, fez coisas que nem os consumidores sabiam que precisavam.

Aí está a “magia” da inovação e da personalidade de Steve Jobs.

Aonde pessoas enxergam um cara durão, ignorante e egoísta, eu vejo uma pessoa autêntica e revolucionária. Para quem acredita que o egoísmo é uma doença, tenho apenas um argumento.

A verdade é que Steve Jobs deixa um legado infinito. De produtos, de lições de negócios, de inovação, de concorrência e de empreendedorismo. Sem ele, até que algum outro revolucionário à altura apareça, o mundo está um tanto quanto órfão, mais pobre e carente.

Thank you Steve!

Eu, Você e os Outros.

Um bom profissional precisa dosar, com toda a precisão, a INDIVIDUALIDADE com o TRABALHO EM EQUIPE. Digo isso porque um profissional não é apenas formado por aquilo que ele consegue fazer sozinho: o seu sentido de urgência, sua determinação, disciplina e auto-confiança. A sua fama e reputação podem ser importantes para a empresa, mas pode matar o trabalho em equipe. Isso, porque muitas vezes, ser um profissional de excelência em empresas, ser um cara que faz a diferença pode fazer com que o sucesso suba a cabeça. O QUE É UM SÉRIO PROBLEMA.

Relacionamento não é ensinado nesses livros que somos obrigados a ler nas faculdades. Lá, muita gente aprende a fazer cálculos contábeis, estatísticos, contratos de trabalho, cálculos de preços de vendas, inventários. Todo esse trabalho técnico vai colocando ainda mais em segundo plano a grande importância do RELACIONAMENTO. Uma empresa, antes de produtos, de preços, de INOVAÇÃO e CRIATIVIDADE é feita de pessoas competentes.

Pessoas competentes que sejam humildes e, que sabem que nem toda capacidade do mundo faz a diferença SOZINHO. A única coisa que todos os cálculos da faculdade podem fazer em uma empresa é saber que um funcionário pode fazer muito menos SOZINHO do que junto de uma equipe competente.

Um parêntese.

O que eu tô querendo dizer aqui não é que todos devem viver felizes trabalhando como formigas. Eu estou dizendo que funcionários extraordinários fazem toda a diferença, mas que, muitas vezes o EGO e o seu ESTRELISMO o afastam do resto da equipe, o que pode matar em 50% o trabalho de uma empresa. Um excelente funcionário FAZ  a diferença, mas não faz tudo sozinho. Relacionamento é a matéria que não nos ensinam na faculdade e que faz mais falta no dia-a-dia de uma empresa.

Funcionários inovadores e empreendedores muitas vezes estão tão envolvidos no trabalho que esquecem dos outros. Por isso, temos que criar uma forma de exercitar o nosso RELACIONAMENTO na prática, uma vez que só iremos sentir falta dele quando nos vermos rodeados por outras pessoas, o que muitas pessoas chamam de EQUIPE.

Aí entramos na verdadeira raiz do problema. Saber lidar com colegas de diferentes opiniões, culturas, comportamento, gostos e até religiões diferentes é um coringa. Uma necessidade de todo profissional para o sucesso e crescimento de toda empresa.

Eu já vi empresas com tudo para dar certo dar errado por causa de relacionamento. E o pior de tudo. Problema de relacionamentos entre a família. Os sócios, donos do negócio, começaram a divergir suas opiniões, brigar e atrapalhar o ambiente da empresa com um conflito idiota. Um conflito besta que, por ciúmes dividia a empresa em um conflito onde um sócio diariamente discutia com os demais. Assim, um queria mostrar mais serviço do que o outro, para mostrar que era a pessoa mais indicada para tocar o negócio, fazendo que um clima horrível dividisse a equipe de trabalho de cada sócio. Isso, acabou com o ambiente e com o relacionamento na empresa. Se os donos do negócio, irmãos, não conseguem se dar bem, ninguém mais conseguia.

Assim, o comportamento entre a família acabou afetando diretamente o desempenho dos outros e, consequentemente as VENDAS da empresa e quando todo mundo percebeu isso já era muito tarde. A empresa se dividiu em partes, por causa da briga dos irmão, uma vez que o ambiente estava insustentável e a sobrevivência da empresa estava em risco. No final das contas, as brigas só acabaram com a divisão da empresa.

Isso porque o RELACIONAMENTO dentro da própria família estava desgastado e, cada sócio só sabia defender sua própria opinião sobre as coisas. Relacionamento não é ensinado na teoria, mas sim na prática, através da solidariedade, das conversas com pessoas de estilos diferentes, sobretudo da VONTADE DE AJUDAR.

A minha estadia em São Paulo me faz concluir que falta nas pessoas a vontade de ajudar, o que explica todo problema de relacionamento que vemos nas grandes empresas.

A vontade de ajudar, a solidariedade é a única forma de entendermos as pessoas, compreendê-las e AJUDAR DE VERDADE.

Eu tenho treinado o meu relacionamento, a minha vontade de entender as pessoas e me transformar em um profissional melhor ainda da seguinte maneira:

1. Ajudar pessoas. Quando eu falo em ajudar pessoas, eu não digo em dar conselhos à secretária, agradecer ao motoboy, ou servindo de exemplo para as outras pessoas. Quando eu digo ajudar, eu digo fazer alguma coisa pequena, mas que para outras pessoas pode parecer ser GIGANTESCA. Quando eu digo ajudar, eu digo você se levantar da praça de alimentação na rodoviária de São Paulo e oferecer um lanche a uma pessoa que está mexendo no lixo, desesperado por um pedaço de pão para preencher a fome. Ajudar é oferecer o que comer, escutar o que a pessoa tem a dizer e descobrir que ela foi para São Paulo encontrar o irmão que trabalhava na cidade e lhe prometera um emprego e, quando chegou, nem sinal do irmão. Ajudar é descobrir que aquela pessoa mexendo no lixo é um TRABALHADOR. É descobrir que ele está pedindo dinheiro para ir embora e, não quer gastar o pouco que já conseguiu com comida, por que precisa pegar o ônibus às 23:00h e já são 19:00h. Ajudar, de verdade é, depois de comprar a passagem para essa pessoa e lhe dar algum dinheiro para o lanche, ver essa pessoa chorar de felicidade e simplesmente sumir, desaparecer. Ajudar pessoas é muito mais do que uma simples palavra, ou um simples gesto. Ajudar, é QUERER RESOLVER O PROBLEMA DELA. E se possível, RESOLVER. Ajudar é olhar o necessitado do outro lado da rua e estender a mão independentemente do terno que se está usando.

Ajudar é o mais importante. O resto é detalhe.

Ajudar é ver uma pessoa que sofre de problemas mentais e não tem onde morar, não tem dinheiro, não tem emprego, precisar comprar um remédio para evitar a convulsão e ajudá-la. Não ajudar procurando um abrigo para que ele durma, ou pedir na justiça remédios gratuitos, o que qualquer um poderia fazer no longo prazo. Ajudar de verdade naquele momento significa comprar o remédio que a pessoa precisa pra não ter uma convulsão e morrer. Ajudar é sempre no CURTÍSSIMO PRAZO. O abrigo, os remédios gratuitos e tudo mais não resolveriam o problema dele, porque não iria evitar o problema eminente.

Ajudar o próximo. Aquele que menos tem. Essa é a melhor forma de entender o ser humano, de se misturar, e de levar a verdadeira postura de ajudar para dentro das empresas.

2. Envolva-se com pessoas de diferentes culturas. Se você não sair do seu gueto, você não vai entender as pessoas. Se você não sair da sua casa e começar a conversar com as pessoas da sua rua, você não vai conseguir entendê-las, e conviver com o posicionamento delas. Se você só conhece os solteiros, não vai conseguir se relacionar com os casados, os viuvos e os separados. Se você não tem amigos com filhos, não vai entender quando um funcionário chegar atrasado por causa da febre de 40o da filha. Se você tem preconceitos com homossexuais, nunca irá entender como se relacionar com essa pessoa no trabalho. Se misture na multidão.

Se você souber o por quê dos feriados dos judeus, ficará mais fácil se relacionar com eles. Se você souber alguma coisa da dificuldade dos deficientes, ficará mais fácil convencer o chefe a passar o escritório pro térreo, ou colocar um elevador no prédio.

Se você não souber o que as outras pessoas pensam, o que esperar, como agem, como trabalham, como encaram a vida, ficará MUITO difícil se relacionar bem com elas. Se todos os seus companheiros forem homens, se não tiver nenhuma mulher, será bem difícil quando você tiver que trabalhar com uma.

Se misture na multidão. Envolva-se com as pessoas, veja como elas agem, entenda-as. Relacionamento é isso, é se misturar, entender e se fazer entender. Viver com outras pessoas e fazer parte de uma sociedade é isso, entender os sentimentos e conhecer os semelhantes.

3. Tenha um espelho. Espelhe-se em quem você conhece que tem amigos e é respeitado. Peça conselhos, veja sua postura e aprenda diariamente como se portar para que as pessoas lhe entendam, lhe admirem e, acima de tudo, que você consiga ser entendido e respeitado.

A grande diferença não é fazer vencer a sua opinião em um consenso, ou hierarquicamente. A diferença é ser entendido e compreendido por muito mais amigos do que companheiros de trabalho. Espelhe-se na pessoa que você acredita ser um mestre em relacionamento. O exemplo é a melhor forma de aprendizado e, junto com as outras coisas vai fazer a grande diferença.  Mire-se na forma de agir dos grandes exemplos do relacionamento que lhe rodeiam. Estude-o. Se preciso, aproxime-se, peça dicas e lições sobre RELACIONAMENTO. Todo líder de verdade está praticando as três lições que eu falei sobre o relacionamento, e estão sempre prontos para AJUDAR DE VERDADE.

Tenha um exemplo, um parâmetro. Um espelho para que você possa observar, estudar, e ver quais atitudes que realmente fazem a diferença no RELACIONAMENTO.

O relacionamento é a matéria menos estudada, menos praticada e que mais faz diferença vai fazer em sua vida. Estou falando sobre relacionar-se com pessoas, e não sobre politicagem. Como eu disse acima, a individualidade, a inovação, a criatividade e a força-de-vontade são igualmente importantes ao relacionamento, ou trabalho em equipe. Vence quem consegue atingir mais pontos nos dois quesitos: INDIVIDUALIDADE e RELACIONAMENTO. O respeito não pode ser imposto pela INDIVIDUALIDADE, mas é facilmente conquistado quando sabemos nos relacionar e temos um IMPECÁVEL TRABALHO DE EQUIPE.

O segredo para ultrapassar qualquer crise, qualquer problema é a INDIVIDUALIDADE combinada com o TRABALHO EM EQUIPE. Trabalho em equipe aliado a metas e objetivos individuais. Essa é a atitude profissional que faz a diferença.